[MIMB2020] A Gravidez É Nossa faz uma ode à partilha
Giovane Alcântara
A Gravidez É Nossa, filme de David Aguacheiro e Tina Krüger, levanta a discussão sobre as mudanças de pensamentos relacionados às atividades masculinas em comunidades rurais de Moçambique. O filme acompanha quatro homens, de idades diferentes, que possuem algo em comum: o desejo de que atividades consideradas femininas sejam compartilhadas.
O filme mostra como a cultura patriarcal tem agido em relação aos homens fazendo crer que a gravidez é de responsabilidade única das mães, que além de gerar, precisam trabalhar, fazer todo acompanhamento médico sozinha e são questionadas em relação ao marido e suas profissões.
Os pais, que tentam subverter a lógica social das comunidades de Moçambique, ainda sofrem com as falas preconceituosas de vizinhos, familiares e patrões que não aceitam homens realizando tais atividades e, muitas vezes, precisam realizar o compartilhamento escondidos para não sofrerem tais ataques. “A gravidez não é dela, é nossa” cita um dos entrevistados, enquanto sua esposa, tímida, observa. O pensamento não é toa, já que acompanha algumas mudanças que ocorrem no mundo e nos mostra que, mesmo em comunidades mais distintas, isso está acontecendo.
A Gravidez É Nossa parece dizer que não há mais espaço para um machismo demasiado, que poda os homens das mais básicas necessidades, como o da partilha, mas, ao mesmo tempo, denota que existe a preocupação em um planejamento familiar que deve ser compartilhado mesmo que exista barreiras para que isso ocorra.
Link para assistir ao filme na programação da MIMB 2020 que acontece de 30/09 até 09/10: https://www.videocamp.com/pt/campaigns/mostra-mimb3-agravidezenossa
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